Hustle and Flow. EUA, 2005, 116 minutos, drama. Diretor: Craig Brewer.
Eu superei o preconceito e conferi esse título. Deparei-me com uma obra bastante válida, que merece ser conferida pelas suas boas atuações.
Eu confesso que nunca me interessei por assistir a esse filme. Somente o conferi porque a equipe do Um Oscar por Mês decidiu avaliar o cerimônia de 2006, na qual Hustle and Flow concorreu em duas categorias: Melhor Ator e Melhor Canção Original. Primeiro, quero comentar o que me afastava dessa obra – o pôster dele. Observem-no com atenção: parece com Velozes e Furiosos e, convenhamos, esse não é o tipo de filme que me faz querer conferi-lo.
DJay é um cafetão que se divide entre as várias prostitutas que comanda. Um dia, ele descobre que tem afinidade com a música e resolve se dedicar a compor e a cantar e para isso conta com a ajuda de um amigo de infância e das suas garotas.
O meu maior elogio vai para o roteiro. O desenvolvimento da história tem um ritmo muito bom, que permite que todos os personagens sejam bem explorados – tanto os principais quanto os coadjuvantes recebem espaço interessante e podem mostrar para nós do que são capazes e quais as suas funções na história. Gosto principalmente de como o personagem DJay é desenvolvido: é um homem forte e persistente, de sonhos palpáveis e um pouco idealizados, especialmente quando consideramos a sua realidade. O roteiro também explora bem todas as situações pelas quais os personagens passam, criando uma excelente evolução na história, conseguindo encaminhá-la para um excelente clímax.
As atuações são mesmo muito boas. Acredito que não haja nenhum ator ou atriz em desajuste, todos parecem muito bem em seus personagens e acredito que essa foi outra grande surpresa. Não pensei que me depararia com atuações tão marcantes, em especial a de Taraji P. Henson, que infelizmente não foi indicada ao Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante. O mesmo elogio faço à atuação de Taryn Manning, que, tal como Henson, está muito boa em sua personagem e me agradou bastante com a sua interpretação. Terrence Howard me surpreendeu também, mas tenho dúvidas em relação ao que é grande: o seu personagem ou a sua interpretação. Ou, talvez, os dois.
Temos, então, três atores representando muito bem os seus personagens e todos eles se somam ao roteiro muito bom, à excelente trilha sonora, à boa fotografia e a uma excelente noção de realidade passada pela retratação fiel do tipo de vida na qual os personagens estão inseridos. Desse modo, considerando todos os acertos de Ritmo de um Sonho, acredito que seja uma obra que merece ser vista, porque, como eu disse, tudo nela está ajustado e, dentro de seus limites, o filme se mostra uma boa obra artística e uma boa sugestão de entretenimento para o espectador.
1 opiniões:
Olha que coisa, também nõ tinha visto devido ao pôster [que vende uma imagem de fimes tipo "velozes e furiosos"] e claro, este títutlo que me lembrava alguns filmes teens(?). Ou seja, não poderia esperar nada este filme! Agora, fiquei curioso em conferir rs
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