Matrix Reloaded, 2003, 138 minutos, ficção científica. Diretores: Lana e Andy Wachowski.Muitos reclamam de que as sequências do filme de 1999 perdeu os questionamentos filosóficos que tornavam o filme original grandioso. Se isso aconteceu mesmo, pelo menos continua entretendo; então vale a pena.
Eis a segunda parte da trilogia e, curiosamente, muitos fãs alegam que a franquia perdeu parte do charme e que todo o debate filosófico visto antes, agora se perdeu. Quanto a isso, falo mais tarde, mas o fato é que em Matrix Reloaded continua com os mesmos atores liderando o elenco, algumas novas ótimas cenas e manteve os aspectos técnicos tão eficiente quanto no anterior, talvez até melhores!
Neo, Trinity e Morpheus têm que lutar conta Merovíngio para que este liberte O Chaveiro, homem que possui todas as chaves dentro da Matrix. Paralelamente a isso, eles tem que ajudar Zion a combater as máquinas, que estão prestes a destruir. Para isso, contam com a ajuda de Niobe, que tivera um relacionamento com Morpheus, para resolver os problemas em Matrix e na colônia.
Ainda que a história pareça curta, a continuação, tal como o filme anterior, rende mais de duas horas. Eu realmente acredito que a discussão filosófica não foi totalmente abandonada, porque a percebemos o tempo todo. Mas, tal como muitos fãs alegam, não vemos aqui todos aqueles argumentos embasamento a realidade ou a irrealidade em que vivem as penas. Se por um lado optaram pela inibição do caráter questionador que antes fora apresentado, acrescentaram mais charme a esse filme com as diversas cenas repletas de ação e luta. Como disse lá em cima, os aspectos técnicos continuam tão bom quantos, mas aparece que dessa vez as cenas e a tecnologia usada nelas estão em perfeita harmonia, proporcionando ótimos momentos que dão destaque não somente à qualidade dos efeitos exibidos, mas também às atuações, que parecem também mais à vontade em seus personagens. Os efeitos sonoros estão bem postos considerando as cenas em que aparecem, dão um tom harmoniosoa elas. Para mim, a edição desse filme supera o anterior, pois nos permtie ver cada luta em todos os ângulos possíveis, assim como inúmeras outros momentos - não apenas os de luta - permitem esse feito muito bom, que é o de pôr o espectador dentro do que ele está vendo.
Outros atores foram acrescidos ao elenco pobre - porém capaz - do primeiro filme. Harold Perrineau Jr., intérprete de Michael, de LOST, entrou como Link, novo piloto da nave Nabucodonosor; Jada Pinkett Smith deu vida à interessante Niobe; Lambert Wilson e Mônica Bellucci interpretam, respectivamente, os também interessantes Merovíngio e Persephone. Há também alguns personagens curiosos, porém de pouco destaque, como os Gêmeos e Gloria Foster atua mais uma vez como Oráculo, tendo falecido antes que começassem as filmagens do terceiro e último filme. O meu mais sincero elogio vai a Carrie-Anne Moss, que justifica com unhas e dentes a sua personagem, fazendo o espectador compreender que nenhuma outra atriz talvez fosse capaz de merecer Trinity. Todos os atores que citei acima como novos também estão bem, embora bem sejam bem pouco aproveitados ao longo de duas horas e vinte minutos. Mais uma vez os efeitos especiais cobrem a atuação superficial de Keanu Reeves e Laurence Fishburne, que, como eu já havia dito antes, são bastante limitados.
Há grandes cenas nesse filme. Prefiro não dizer que dou destaque a essa ou àquela, porque são muitas das quais eu gosto; somente para exemplificar, há o inteligente encontro entre Neo e o Arquiteto, homem que construiu Matrix e que finalmente explica a Neo o que ele realmente é: um bug no sistema. Ainda faz um breve resumo de tudo o aconteceu antes do surgimento de Neo, mostrando a ironia da situação, afinal, para uns ele é um erro de cálculo, para outros, ele é o Escolhido. As cenas de luta são as de mais destaque e certamente as que entretêm o espectador a ponto de não fazê-lo piscar.
Tal sequência demorou 4 anos para chegar aos cinemas e seis meses depois chegou a terceira parte da trilogia, encerrando - pelo menos pensamos estar encerrado - o universo Matrix e as guerras que começam aqui. Como o própiro título sugere, esse filme veio recarregado, com tudo que a tecnologia pode oferecer e também com mais charme do que o anterior; talvez seja a presença das belas Jada e Monica no elenco. Como não disse antes, aproveito para comentar agora: Sr. Anderson está cada vez mais próximo de não conseguir combater o Agente Smith, que insiste na sua desenfreada reprodução assexuada a fim de exterminar Neo. Ao final desse filme, ficamos desejosos de ver o que virá de novidades e como toda a história será concluída, esperando que seja sensata ao se finalizar. Confiram-no.
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