2 de set. de 2010

Pulse

Pulse. EUA, 2006, 91 minutos. Terror.
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Eu poderia começar dizendo várias coisas, mas quero ir direto ao ponto: esse filme é muito ruim! Chega a ser difícil acreditar que esse filme foi escrito por Wes Craven, que nos apresentou o sardônico vilão do interessante A Hora do pesalo e que, mais tarde, dirigiria Pânico, filme que traria de volta os famosos assassinos mascarados. Pois bem, Craven se uniu a Ray Wryght e ambos vieram com essa bomba cinematográfica.

Essa resenha possui muitos spoilers, porque, como não há coisas boas a dizer, o jeito é criticar aquilo que vi. Eu nem sequer sei dizer do que Pulse trata. Há fantasmas, há redes tecnológicas de comunicação assim como existe um tom apocalíptico. De um modo geral, o filme fala sobre mortos que encontraram uma passagem para o mundo dos vivos através de celulares, computadores, televisores - e nos caso dos fantasmas narcisistas e das domésticas-do-além, até mesmo espelhos e lavadoras de roupa se tornam portais.

Pulse é uma bosta de filme cercado de incoerências e muitas delas chegam a ser risíveis, já que tomam o espectador por estúpido e sugerem que ele não seja capaz de perceber o quão errado aquilo está.  Um bom e rápido exemplo: Stone, depois de contaminado pelo espírito que o tocou, tem contato físico com Tim (esse segura o braço daquele) e Tim acaba contaminado também, morrendo depois; numa das passagens, depois que um espírito sai de uma lavadora de roupas (do que o espírito fazia lá, não faço a mínima ideia) e ataca Izzie, ela não passa o contágio pra Mattie, que a toca, a segura, a abraça, a beija, etc. Soa muito incoerente, mas, afinal, como poderiam matar a mocinha do filme? E no final nós podemos perceber que a lógica da coisa é: quanto mais próximo de um local onde há grande fluxo de ondas, maior a facilidade com que os espíritos transpõem a barreira do mundo dos mortos para o nosso mundo. Daí eu pergunto: qual o motivo pelo qual havia um espírito dentro da máquina de lavar roupa? Ela por acaso é como um microondas? (eu definitivamente impliquei com a maldita cena na lavanderia)

O roteiro tem uma frase que, bem usada, poderia resultar num filme bem interessante. Um personagem diz que ele e um colega tentavam criar uma superbanda-larga e que, ao descobrirem uma frequência de onda muito alta, eles acabaram fazendo com que os dois mundos se conectasse, como se uma quarta dimensão pudesse ser vista e tocada. A premissa soa interessante, mas eles não souberam usar essa história e tudo se resume a uma frase de três segundos. É meio complicado falar sobre atuações, porque o filme não apresenta isso. Se os atores estão em momentos sofríveis, nem sei o que dizer do diretor, que possivelmente não conseguiu impor sua opinião sobre aquilo que os atores apresentaram ou, por mau gosto, achou que aquilo estava bom. A parte boa é que Kristen Bell e Ian Somerhalder são bonitos e, se houvesse alguma história para contar, formariam um casal simpática. Os outros atores ou são feios e poluem ainda mais o visual do filme ou são bonitos mas desaparecem em dois minutos, não interferindo assim na poluição do filme. O tom sombrio seria bastante útil, porque causa certo incômodo, mas, considerando que o filme é uma bomba, a fotografia não ajuda em nada.

Vale lembrar que essa é mais uma das dezenas de produções refilmadas de filmes asiáticos, que, como muitos de nós sabem, ficam apenas bons quando vistos na versão original. Não sei se Kairo, de 2001, que deu origem a Pulse é bom, mas o remake certamente não tem resultado positivo e em vez de entreter ele acaba irritando o espectador, que vê uma série de babaquices e se desespera com tamanha capacidade de se fazer um filme péssimo. Certamente um bom exemplar para ser comentado no Filmes ExCelentes - com C maiúsculo -, blogue do Tobias, especializado em apresentas filmes-bomba.

Luís

1 opiniões:

chuck large disse...

Já tinha ouvido falar horrores deste filme. Enfim, é um filme que NUNCA vou assistir, hehehe. Cansei de ver tantas 'decepções' no filmes de terror, que um ou outro consegue realmente ser bom!

Cara .. minha conta foi hackeada e agora "excluída", Enfim, Cinema Público ... acabou.
Estou em novo endereço: cigarrosefilmes.blogspot.com
Até mais =)