7 de out. de 2010

Blade - O Caçador de Vampiros

Blade. EUA, 1998, 120 minutos. Suspense / Ficção Científica.
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Lançado há apenas 11 anos, Blade fez sucesso. Anos depois, esse filme é constantemente repetido nas diversas sessões de filmes presentes nas grades de programação do SBT. O roteiro de David S. Goyer trazia certa originalidade ao mostrar um quase-vampiro que tem como profissão a caça a outros vampiros. O personagem se tornou de tal maneira conhecida que até mesmo esteve rpesente nuam lista dos 100 melhores personagens do cinema de todos os tempos, ocupando a 47ª posição. Enfim, vamos ao que interessa.

Blade foi concebido pouco depois de sua mãe ter sido mordida por um vampiro; isso fez com que ele nascesse com as qualidades dos vampiros, como agilidade e força, mas sem os muitos defeitos dele. Dessa maneira, ele pode andar a luz do sol e se praticamente normal. Enraivecido, Blade caça vampiros e os mata, pois quer por fim a maldição dos seres das trevas. Do outro lado, há Frost, um vampiro criado, que tem causado muitos problemas, até mesmo entre a comunidade vampírica. E ele precisa de Blade para que consiga pôr em prática o seu plano.

Alguns não gostam do filme, mas eu não vejo grandes problemas nele. Certamente está longe de ser um grande filme, mas decididamente não se equivale a muitos filmes patéticos de terror, suspense e/ou ficção científica que são lançados anualmente. Acho mediano por causa de uns problemas quanto a criação de certos efeitos especiais e umas bobagenzinhas no roteiro, mas isso não significa que o filme não entretenha quem o vê. Eu particularmente não gostei daquelas bobagens de vampiros alérgicos a alho e prata - isso se assemelha demais a alguns contos infantis e de certa forma faz com que o filme se aproxime de Clube do Terror, aquela série que passava na Rede Record. E também há algumas boas incoerências, como por exemplo a submissão dos vampiros naturais (aqueles que nasceram sobe ssa condição) e os vampiros criados, liderados por Frost. Se todos são fortes como o filme supõe que sejam, por que os vampiros naturais são tão submissos? Parece que não são capazes de fazer nada e essa ideia é reforçada o tempo todo. Outro defeito é a qualidades dos efeitos especiais: os recursos em 1998 já não eram tão escassos, então não haveria por que fazer cenas tão porcas como algumas que vemos. Detalhe para as cenas em que os vampiros explodem por causa de uma solução que a médica insere neles com injeções. Chega a ser triste ver aquele sangue de cor extremamente exagerado, que nem sequer parece estar no mesmo plano que os atores, criando um deslocamento estranho nas cenas. Tais cenas poderiam facilmente ter sido evitadas e, se fossem, aumentaria ainda mais o meu apreço pelo filme.

Quanto à atuação, é um pouco difícil falar, afinal o ator de mais destaque no filme é Kris Kristofferson, intérprete do ajudante de Blade. Wesley Snipes é pouco expressivo e, ainda que o personagem Blade esteja para o ator que o interpreta assim como T-800 está para Schawrzenegger - ou seja, os personagens têm pouca expressividade -, Snipes consegue deixar Blade ainda mais inexpressivo, uma vez que ele não consegue mexer aquela face solidificada. N'Bushe Wright, que deve ter cursado artes dramáticas na mesma escola que Jennifer Lopez, é outro grande empecilho, pois, como devem ter percebido, ela se equipara a Snipes e nenhum dois dois traz uma boa interpretação nem conquista nossa simpatia. Kristofferson, como um velho bastante objetivo, se mostra mais eficiente, mas não muito - ele, pelo menos, nos agrada de certa maneira. Não assistimos a esse filme em busca de excelentes interpretações, porque se fosse isso que quiséssemos, deveríamos procurar por algum filme com Meryl Streep.

Como diversão, dá pra passar o tempo. Não é nenhum grande obra e tem bons efeitos especiais, embora também haja aqueles que fazem com que o filme perca credibilidade. Alguns efeitos ruins cobrindo atuações toscas; história relativamente interessante; para os fãs de vampiros, vampiros. Gosto de pensar que esse não é um filme bom, mas definitivamente poderia ser pior. E isso me motiva a não criticá-lo severamente, considerando-o apenas um filme mediano. E nem consigo imagimar como Blade pode ser melhor do que personagens como Clarice Sterling e Norman Bates, que ocupam respectivamente as posições de número 97 e 80.

Luís
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