26 de out. de 2010

Heróis

Push. EUA, 2009, 111 minutos. Ficção Científica.
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Não sei exatamente o que me motivou a ver esse filme, mas com muita boa vontade eu o peguei na locadora e, com certo entusiamo, me sentei para conferi-lo. Não demorou muito para que eu percebesse que o filme não é exatamente aquilo que ele promete ser e que, se visto com olhar crítico, torna-se aquilo que se pode chamar de abominação cinematográfica. Eu, no entanto, não fui tão crítico ao vê-lo; dessa forma, penso que seja apenas mais um filme que é dispersivo e que engana o espectador com efeitos especiais exagerados.
Nick e Cassie Holmes se unem por acaso para encontrar uma terceira pessoa que é igual a eles: possui poderes especiais. Porém, há uma organização secreta estadunidense que os persegue, a fim de fazer experiências neles e estão justamente atrás daquela que os dois jovens desejam ajudar, pois ela é a única a ter sobrevividos às doses de injeções que lhe foram aplicadas.

Se leram esse resumo que fiz, certamente se lembraram de uma série de TV que estreou há algum tempo atrás cuja abordagem é semelhante à desse filme. Os nomes em português, inclusive, são os mesmos. Heroes mostra praticamente as mesmas coisas que esse filme mostra - a única diferena é que os eventos são um pouco mais coerentes e mais divertidos. O roteiro de Heróis se ocupa em mostra bastantes coisas que nós não queremos ver, como relacionamento românticos chatos, guerra entre gangues rivais, etc. Mas acho que o pior problema é a incapacidade de definir com exatidão aquilo que quer mostrar. Ora os personagens estão juntos, ora estão discutindo; ora o gênero se assemelha à ação, ora se torna romance. E acaba não sendo nem um nem outro. Para um filme que ficção científica que envolve perseguições, esperamos no mínimo um roteiro ágil e fácil. Queremos ver bastante ação, não explicações compridas e complexas. Com isso, não quero dizer que basta jogar uma ou duas informações toscas; quero apenas dizer que quanto maior a simplicidade e a agilidade mostradas, maior é o entretenimento do espectador que procura por filmes desse gênero.

Para mim, os destaques do filme são Dakota Fanning e Chris Evans. Não penso isso porque eles estejam talentosos nesse filme; definitivamente não estão.Mas ela é charmosa e ele é bonito. Isso fez com que eu tivesse um pouco de interesse pelas cenas em que aparecem.  Os outros atores, bem medíocres, limitam-se a expressões faciais estranhas - alguns nem apresentação variação de expressão - e uns movimentos comporais que são modificados graças aos muitos efeitos desalojados. Sobre os efeitos, atenção especial para os sujeitos berradores. Ao gritarem, eles conseguem destruir quaisquer coisas às suas frentes - inclusive os ouvidos de uma pessoa. As cenas com eles são extremamente irritantes, primeiro por causa do volume do áudio, que é horrível de tão alto e quem quase fica surdo é o espectador, e segundo por causa da infâmia provinda da inserção desses seres patéticos à história. Não sei se alguém já viu o filme, mas se já viram, por favor, me expliquem o que foi aquele ideia que o personagem Nick teve. Ele escreveu vários envelope indicando o que cada um deveria fazer, mas a explicação para a cena é tão confusa que eu me perdi no meio de tanto vai-e-volta. Aliás, expliquem-me também o significado do título original...

De um modo geral, o filme tem uma variação bem grande no entretenimento. Às vezes, tudo está legal, de repente fica ruim. Depois, o inverso acontece. Não é um filme totalmente ruim, porque é óbvio que poderia ser bem pior. Não é, no entanto, nenhum filme interessante de pessoas com super-poderes. Parece que esse filme é uma coletânea mal sucedida de narrativas com esse tópico: tive a impressão de ver um pouco de Heroes, um pouco de Carrie e A Incendiária (livros de Stephen King), um pouco de Matrix, etc. Enfim, não sei o que dizer... recomendo que, se realmente acharem que vale a pena, arrisquem-se a vê-lo.

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