Junebug. EUA, 2005, 104 minutos. Drama.
Indicado a um Academy Award na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (Amy Adams)
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Indicado a um Academy Award na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (Amy Adams)
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Há muito que queria assistir a esse filme e esse meu desejo foi principalmente incentivado pelos elogios a Amy Adams, atriz que descobri recentemente, embora, há muito tempo, tenha conhecido o patético Segundas Intenções 2, seu filme de estreia. A lista de melhores atrizes coadjuvantes da década que o Kau, dono do Bit of Everything, organizou me fez ainda mais querer conhecer esse filme e saber o que acharia da performance de Adams. Uma explicado os motivos, vamos à resenha...
Madeleine se casou com George recentemente. Como é produtora de artes, vive buscando novos talentos para expor em amostras e um dia acaba indo à cidade em que moram os familiares de seu marido. Os dois decidem ficar lá por alguns dias, mas logo Madeleine percebe que há um grande problema que cerca a família, impedindo-os de confraternizar como deveriam. Seus sogros se mostram alheios a ela e seu cunhado a trata com desprezo; a única que é totalmente receptiva à sua chegada é sua cunhada Ashley.
Os atores não são tão conhecidos assim. Eu apenas conhecia Amy Adams e um outro, de cujo rosto me lembrei, mas não sei dizer exatamente em que filme o vi. As interpretações - com uma única exceção - não são excepcionais e eu afirmo com segurança que elas são bastante comuns, até mesmo esquecíveis. Embeth Davidtz, protagonista e intérprete de Madeleine, tem um desempenho regular, mostrando meio inconcisa quanto às suas prioridades. Achei a atriz um pouquinho exagerada quanto a que posição tomar em cena: às vezes, exagera um pouco nos seus movimentos, sendo muito lenta quando há necessidade de maior agilidade e sua expressão é praticamente mesma, tanto nos momentos bons quanto nos indesejáveis. Alessandro Nivola, intérprete de George, é tão coadjuvante que nem dele cobraram boas expressões faciais; tudo o que faz é cantar uma musiquinha evangélica - uma cena bem bonita, por sinal - e atuar ao lado de Amy Adams numa outra cena, na qual o destaque, obviamente, é ela. Benjamin McKenzie, Celia Weston e Scott Wilson, respectivamente o irmão problemático, a mãe e o pai, são extremamente coadjuvantes e bastante limitados, sendo que os dois últimos pouco aparecem e o primeiro apenas faz cara que não-estou-a-fim-de-conversar. O grande destaque do filme de fato é Amy Adams, que nos encanta com seus sorrisos e suas perguntas abobalhadas; seu jeitinho meigo, mesmo sendo expulsa de cada canto da casa a todo momento, nos faz querer abraçá-la. Confesso que tive vontade de abraçá-la, bem apertado. A cada cena ela parece estar mais à vontade em cena e na última vez em que aparece temos a certeza de que sua atuação merece, no mínimo, uma indicação! Num misto se choro e riso, ela se mostra absolutamente impecável e a ela vão todos os meus possíveis elogios.
Não sei exatamente qual é o maior problema do filme: roteiro ou direção. Quanto ao primeiro, ele poderia desenvolver bem a história nos permitindo conhecer um dos motivos pelo qual a família é tão desestabilizada. Em uma hora e meia, nada vi senão cenas duras de agressão, explícita ou implícita, na qual os membros mostram os desentendimentos que têm um com o outro. Em nenhum momento, porém, somos apresentados aos porquês. Esse é o maior erro do roteiro: não se mostrar completo. Quanto à direção, cabia a Phil Morrison guiar os atores corretamente, colocá-los no eixo, indicar a melhor maneira de se portar numa determinada cena. Praticamente todas as cenas, na minha opinião, são parciais; não nos revelam tudo o que poderiam nem se mostram eficiente naquilo que tentam. O único grande momento é o momento pós-parto, no qual George e Ashley estão conversando. Se o filme todo seguisse a complexidade daquele momento, pois é realmente excelente - em todos os sentidos -, o meu conceito em relação a ele subiria bastante.
Eu devo recomendar o filme para que vocês conheçam o excelente trabalho de Amy Adams, porque esse não é uma obra necessária, ela pode se apagar de sua mente uma semana depois de a ver. As atuações, a direção, a fotografia - e inclusive o entretenimento -, são medianos. Caso queiram conhecê-lo, fiquem à vontade; caso não queiram, é uma boa escolha também...
Luís
2 opiniões:
O filme é bem irregular, mas sem dúvida vale conferir pela Amy Adams...
Sabe que eu gosto desse filme, acho que já te disse isso,né? Não sei, tem alguns filmes "pequenos" - como esse - que me conquistam de uma certa maneira. gosto da história, dos personagens e é claro, principalmente da Amy Adams.
Abraço.
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