Ganhador do Academy Award de Melhor Roteiro Adaptado. Indicado a outras 4 categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor (Alexander Payne), Melhor Ator Coadjuvante (Thomas Haden Church) e Melhor Atriz Coadjuvante (Virginia Madsen).
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Numa das minhas visitas aos blogs, que estão listados ao lado, me deparei com uma lista dos melhores roteiros adaptados criada pelo Kau Oliveira, dono do Bit of Everything. Se a lista não me fez querer ler o livro, me incentivou ainda mais a ver o filme, afinal, já tinha lido muitas críticas boas a respeito de Sideways, que eu pensava ser uma comédia usual. A sinopse que eu sempre lia - e a que eu vou reproduzir logo adiante - limita bastante o significado do filme, fazendo-nos pensar que é algo banal. Não é uma obra-prima, mas está longe de ser comum quanto pensamos ser.
Miles Raymonds tem estado depressivo desde o seu divórcio, há dois anos. Ele é um professor de ginásio insatisfeito que está tentando escrever seu primeiro romance, que já foi recusado três vezes. Uma semana antes do casamento de Jack, seu melhor amigo, Miles decide presenteá-lo com uma jornada pelas melhores vinícolas, ensinando-o a gostar o vinho. Jack, muito mais esperituoso, quer aproveitar a última semana solteiro e acaba envolvendo os dois em algumas situações meio confusas. O auge da viagem é o relacionamento com duas mulheres, o que faz com que Miles seja obrigado a rever alguns conceitos que têm.
Não posso deixar de acentuar o principal objetivo de filme: fazer com que o espectador, assim como o personagem, reveja algumas concepções. Isso costuma acontecer em praticamente todos os road-movies. Alguns, como E Sua Mãe Também, mostram o desenvolver da amizade; outros retratam a condensação do afeto, como Transamérica. Sideways é um misto dos dois e sabe bem como equilibrar os argumentos que usa. Embora muitos se emocionem ao ver a constituição (ou desconstituição) do amor, o que mais me agrada é ver a composição ou dissolução da amizade. Esse filme nos mostra o quanto difícil é a convivência de dois amigos que estão em situações contrárias: um é depressivo, cheio de negativismo, enquanto o outro, bastante vívido, traz certa alegria e leveza para as coisas. Ainda que o pensamento de Jack esteja focado no sexo, o contraste entre ele e Miles fica muito evidente a diferença psicológica dos dois. Gostei bastante desse ponto do argumento do roteiro, porque, numa situação qualquer, toda a semana teria sido um completo desastre, já que os dois vão quase sempre em direções tão controversas. Ainda assim, continuam juntos, persistem na ideia de aproveitarem a semana. A maneira como vemos a jornada é interessante: conhecemos o início e o fim de cada dia, já que o filme nos indica que momento da semana estamos acompanhando.
Se por um lado eu gostei do fato de os atores não serem jovenzinhos, por outro senti que os papéis masculinos não foram bem justificados pelos atores maduros Paul Giamatti e Thomas Haden Church. Ainda que tenha ficado bastante contente com a interpretação do primeiro - pois finalmente vi uma atuação que não se assemelha às outras -, não conseguiu me convencer totalmente; o segundo parecia muito forçado em suas tentativas de seduzir e tive uma impressão não muito sutil de que ele insistia em atuar como se tivesse 20 anos. Muitos podem discordar de mim. Eu mesmo tenho plena consciência de que seu personagem pede jovialidade, mas quero deixar claro que o que eu questiono não é a essência do personagem e sim a atuação do ator. O fato de ele ter sido indicado ao Oscar é realmente um mistério para mim, uma vez que desaprovo boa parte de sua atuação. Sobre as mulheres do filme, espeficamente Sandra Oh e Virginia Madsen, estas estão definitivamente muito bem em seus personagens. Sandra Oh, presente no seriado Grey's Anatony, é constantemente má utilizada nos filmes. Para se ter noção disso, basta assistir aos títulos Menina Má.com e Ensaio Sobre a Cegueira, nos quais aparece pouquíssimo e tem falas na igual quantidade. Vê-la realmente atuando aqui foi uma surpresa, principalmente porque eu constatei que ela é - se lhe derem oportunidades - pode ser uma boa atriz. Virginia Madsen é uma atriz irregular e sua carreira tem altos e baixos - estes mais comuns do que aqueles. Já vi uns três filmes no qual ela esteve presente, e um deles, Evocando Espíritos, foi comentado já aqui. Em Sideways, sua personagem claramente coadjuvante, quase terciária, rouba a cena enquanto presente. Utilizando-se do tom certo, a atriz consegue manter o clima de romance e sedução mesmo quando fala de algo simples, como o vinho. Perto de Giamatti, nem sequer nos permite vê-lo; nossos olhos ficam nela o tempo todo. Sua indicação é totalmente justificável pela ótima participação na obra. Por esse filme pude ver que ele é uma atriz que, se bem dirigida, consegue expor boas atuações. Infelizmente, não é isso que usualmente acontece...
Dentre as características negativas, penso que a duração do filme é um pouco incoerente com aquilo que ele nos apresenta: seria melhor se fosse mais curto. Ao escrever, acredito que crio mais beleza para o filme, que, por si só, é bom, mas, como eu disse, não é uma super-obra. Gostei bastante e me entretive com o roteiro interessante, por isso eu o recomendo àqueles que querem assistir a algo interessante. Talvez um dia eu leia o texto que o originou, mas não acho que seja muito provável... Só para constar, o título nacional é realmente ruim. Não acho que havia necessidade de manter o original e acrescentar um subtítulo. Bastava traduzi-lo literalmente.
Luís
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Quando se vê esse filme na locadora, logo se pensa "Que capa bonita", e realmente é, mas quando se julga um produto pela capa,pode-se ter uma decepção,e é mais ou menos isso que acontece com Sideways - Entre umas e Outras. O enredo envolve três bases: amigos, sexo amor, e vinhos.
Há pontos positivos no filme, mas o que eu mais notei foram aspectos técnicos. Primeiramente, algumas locações que usaram são realmente bonitas com todas aquelas parreiras que dã um clima agradável e confortavel ao filme,como se o telespectador estivesse bebendo uma taça de vinho em uma noite amena. Outro aspecto que gostei foram os tons deluz que usaram. Em uma cena, os dois personagens principais estão no meio de uma plantação de uvas fazendo um piquinique,tudoregado a vinho. Nesse momento, está ocorrendo o pôr-do-sol. Vendo o resultado final, achei a cena bem bonita mesmo. Quantoas atuaçãoes não sei se posso dizer que gostei. Sobre Paul Giamatti, acho que só vi um filme dele (O Ilusionista) e por isso não posso criticas o atorseriamente, mas não notei grandes mudanças,em ambos ele está correto. Nesse, Miles (seu personagem) se mostra um homem depressivo, que sempre se lembra de sua ex-mulher e que parece não estar aberto a novos relacionamentos. Do outro lado da trama está seu amigo que está prestes a se casar e por isso quer aproveitar o máximo dos seus últimos dias de solteiro. Como se pode notar, o comportamento de ambos são extremamentes opostos, o que causa, em certas vezes, o tom cômico do longa. Entre umas das cenas mais engraçadas do filme está a que Jack esquece a carteira na casa de uma mulher casada e Miles tem que ir busca-la; os fatores que envolvem a cena e a forma como ela foi feita a torna um cena bem agradável. Quanto as duas outras atrizes, gostei bastante delas, ambas se mostram diferentes entre si, mas que combinam com seus parceiros ajudando, as vezes, os parceiros em cena, pois com elas o filme ganha mais.
No geral, Sideways - Entre umas e Outras se mostra um filme, por veze, incostante que mescla cenas boas, que entretém quem assite com partes chatas que nos fazem querer adianta-lo.
Renan
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Quando se vê esse filme na locadora, logo se pensa "Que capa bonita", e realmente é, mas quando se julga um produto pela capa,pode-se ter uma decepção,e é mais ou menos isso que acontece com Sideways - Entre umas e Outras. O enredo envolve três bases: amigos, sexo amor, e vinhos.
Há pontos positivos no filme, mas o que eu mais notei foram aspectos técnicos. Primeiramente, algumas locações que usaram são realmente bonitas com todas aquelas parreiras que dã um clima agradável e confortavel ao filme,como se o telespectador estivesse bebendo uma taça de vinho em uma noite amena. Outro aspecto que gostei foram os tons deluz que usaram. Em uma cena, os dois personagens principais estão no meio de uma plantação de uvas fazendo um piquinique,tudoregado a vinho. Nesse momento, está ocorrendo o pôr-do-sol. Vendo o resultado final, achei a cena bem bonita mesmo. Quantoas atuaçãoes não sei se posso dizer que gostei. Sobre Paul Giamatti, acho que só vi um filme dele (O Ilusionista) e por isso não posso criticas o atorseriamente, mas não notei grandes mudanças,em ambos ele está correto. Nesse, Miles (seu personagem) se mostra um homem depressivo, que sempre se lembra de sua ex-mulher e que parece não estar aberto a novos relacionamentos. Do outro lado da trama está seu amigo que está prestes a se casar e por isso quer aproveitar o máximo dos seus últimos dias de solteiro. Como se pode notar, o comportamento de ambos são extremamentes opostos, o que causa, em certas vezes, o tom cômico do longa. Entre umas das cenas mais engraçadas do filme está a que Jack esquece a carteira na casa de uma mulher casada e Miles tem que ir busca-la; os fatores que envolvem a cena e a forma como ela foi feita a torna um cena bem agradável. Quanto as duas outras atrizes, gostei bastante delas, ambas se mostram diferentes entre si, mas que combinam com seus parceiros ajudando, as vezes, os parceiros em cena, pois com elas o filme ganha mais.
No geral, Sideways - Entre umas e Outras se mostra um filme, por veze, incostante que mescla cenas boas, que entretém quem assite com partes chatas que nos fazem querer adianta-lo.
Renan
2 opiniões:
Renan e Luis, gostaria de convidar vocês para participarem da cobertura do Oscar lá no Parada. Mandei um email para o Luis mas não sei se ele recebeu.
Espero a Resposta, abraços e sucesso!
Acho Sideways o tipo de filme que você assisti quando não tem uma outra opção.
Também me surpreendi com a atuação de Sandra Oh, em minha opinião estava excelente.
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