16 de jun. de 2010

Duplex

Duplex, 2003, 89 minutos. Comédia.

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Esse filme já passou na TV e muitas pessoas falaram sobre ele para mim. Disseram que era legal, engraçado, etc. Duplex traz Drew Barrymore e Ben Stiller com casal protagonista, que encontra um apartamento bastante agradável, onde decidem morar. Porém, a inquilina que mora na parte de cima do apartamento não os deixa em paz, atormentando-os de diversas maneiras. À medida que a velha os inferniza, o casal passa a sentir mais vontade de tirá-la de lá.

Eu não posso dizer que gosto de Ben Stiller, porque eu acho que ele definitivamente não é o tipo de ator do qual eu gosto. Acho que ele é muito pra baixo, não consegue incorporar o personagem direito e, por isso, desde sempre vem atuando como ele mesmo. Já Drew é talentosa e gosto dela, embora sua filmogradia tenha qualidade irregular. Em Duplex, no entanto, os dois atores, que também são produtores desse longa, parecem combinar perfeitamente, formando um casal bastante agradável. Pelo menos, eles conseguem nos convencer nos minutos iniciais. Aliás, os primeiros dez minutos são aqueles em que o espectador realmente ri; a não ser que esteja aberto a situações embaraçosas e constrangedoras completamente ausente de humor que começam a surgir ao longo do filme. Com disse, é no início que está o charme da comédia, que é quando o tom cômico acontece através da seriedade, principalmente quando a velha começa a falar sobre datas, deixando o casal perplexo com a sua possível idade.

A partir daí, o exagero começa e as cenas ficam cada vez mais absurdas, incluindo explosões, choques, tiros de arpão, etc. Acredito que se a sutileza tivesse se mantido, seria bem mais engraçado. A atuação dos atores corresponde ao que se espera numa comédia: não há grandes momentos em que podemos vê-los atuando, a maioria das cenas se compõe de cenas que tentam provocar risos e, vez ou outra, arranca um sorriso bobo de quem assiste. O único elemento a quem recomendo atenção especial é na velha, interpretada Eileen Essel, que consegue mostrar muito bem o lado maligno das velhinhas; sempre com aqueles comentários pseudo-maldosos escondidos sob outros comentários, delírios estúpidos, pedidos incabíveis e aquela delicadeza forjada de porta enferrujada. O problema é que ainda conseguimos encontrar certo humor enquanto a velhinha continua sendo uma "velhinha", mas aos poucos, conforme ela começa a agir como se tivesse planejado tudo, vai ficando mais incoerente. O que quero dizer por "planejar tudo" é que começamos a ter a impressão de que tudo é proposital e não ingenuamente como no começo, embora nós saibamos que nenhuma pessoa pode ser tão lerda quanto a velha e que, logo, tudo o que faz é porque quer fazer.

Tenho que fazer um comentário bastante positivo: num momento do filme, quando Alex e Nancy estão prester a consumar o ato do amor - transar, para ser mais claro -, eles colocam para tocar uma música brasileira! Adoro isso... Duplex, para mim, é um filme que começa bem, mas aos poucos perde o interesse do espectador. Porém, não é ruim; no entanto, não posso dizer que o filme me agradou totalmente, pois isso definitivamente não aconteceu. Acho que é um bom filme para uma noite qualquer, sem expectativas; contudo, não é uma obra para se ver duas ou três vezes. Uma basta.

Luís
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1 opiniões:

Aílson disse...

eu gosto muito desse filme, acho que é bem feito, engraçado e com boins atores e a velhinha é muito engraçada e eu adoro a parte do rombo no chão com o fogo
eu só acho que você não tem que ser assim vendo filmes