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Imaginem-se indo à locadora e deparando-se com um filme chamado "Férias Frustradas de Verão". A somar, vocês olham na caixa do DVD e vêem Kristen Stewart - sim, ela mesma, da série Crepúsculo. Sentiram vontade de pegar esse filme para vê-lo? O que motivou a conferi-lo foi uma resenha que o Nespoli, do blog O Cara da Locadora, fez. Se quiserem ver a opinião dele sobre o filme, basta clicar aqui. Então, considerando o quão bem ele falou do filme, precisava saber se minha opinião era semelhante à dele ou não.
James acaba de se formar na faculdade e, em vez de ir para a Europa, como havia planejado, ele é obrigado a encontrar um emprego de verão, já que seus pais estão em problemas financeiros. Assim, ele consegue emprego no parque de diversões Adventureland, onde também trabalham o seu amigo Frigo e Emily, uma garota com problemas familiares que dá em cima de James. Há ainda o mito Connel, o responsável pela manutenção dos brinquedos que tem fama de já ter tocado com Lou Reed.
Diferentemente do que o idiota título nacional sugere, Férias Frustradas de Verão não é um filme típico de sessão-da-tarde. É um drama suave, com boas medidas de comédia e romance, tudo em equilíbrio, sem parecer piegas nem pervertido. Para minha surpresa, eu o considerei uma obra bastante interessante, pois mostra com eficiência os problemas relacionados às relações humanas - sejam entre família, entre amigos ou mesmo num caso amoroso. Os personagens são jovens e vivem conforme vivem os jovens: tentam ser racionais, mas às vezes são impulsivos e imprudentes, cedem com facilidade e questionam-se a respeito de tudo pelo que passam. Assim, um se pergunta o porquê de ser um loser; outro se pergunta o porquê de não conseguir ser objetivo e dizer o que pensa. A temporada que passam no parque serve para que eles possam se firmar, moldar seus pensamentos. O grande acerto do filme é mostrar o amadurecimento gradual dos personagens. Tão logo que o verão acaba, os personagens já não são mais tão suscetíveis como eram antes.
Os atores estão todos bem à vontade, bastante naturais. A minha grande surpresa foi Kristen Stewart, que é tosquíssima apenas em Crepúsculo. Quero dizer, aqui ela está simpática, com algum charme, interpretação interessante - parece ter saído da atuação automática da série mais comentada ultimamente. Como Emily, ela está num papel compelxo: vive um caso com um homem casado, por quem tem afeição, e está prestes a se entregar para o rapaz por quem se sentiu atraído. Em ambos os casos, porém, nos vem a impressão de que seja a carência provocada pela família destruturada... Jesse Eisemberg, tal como Stewart, está bem, sem ser caricato, sem sumir em cena. E o ar tímido do ator confere um ar mais inocente ao seu personagem, que, na minha opinião, é mais superficial que o de sua parceira de cena. Ryan Reynolds interpreta um personagem de pouca grandeza. Acredito que a presença do ator se deve ao fato de que ele é bonito e chama atenção de quem o vê na capa do filme. Dessa maneira, ele foi chamado para um personagem de pequeno porte, que pouco se destaca e que dá suporte principalmente a Emily.
Devem ter percebido que eu gostei mesmo do filme. Assim, me resta recomendá-lo e enfatizar que é uma obra interessante, que entretém o espectador e o mostra um período na vida de alguns jovens no mínimo interessantes. O título ridículo nacional não faz jus à qualidade da obra e vai a ele a minha única crítica. O problema, porém, não é do filme em si, mas dos tradutores infelizes que puseram tão infame nome numa obra bem acima do nível mediano.
2 opiniões:
Olha, sempre fiquei na dúvida sobre esse filme, justamente por causa do título nacional. Mas agora fiquei com vontade de conferir, me interessei mesmo. O elenco até que é legalzinho também.
Abraço!
Nossa, pensei que fosse um daqueles filmes com o Chevy Chase e a Berverly D'Angelo... Mas se você recomenda, vou conferir!
;)
Abração!
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