10 de jan. de 2010

Pequena Miss Sunshine

Little Miss Sunshine, 101 minutos, 2006, Comédia
Indicado aos Academy Awards de Melhor Filme e Melhor Atriz Coadjuvante (Abigail Breslin) e ganhador de Melhor Roteiro Original e Melhor ator Coadjuvante (Alan Arkin)
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Imagine um filme que tem tudo que se precisa para ter um bom filme: bons atores e atrizes, bom enredo, boa fotografia, boa direção e assim por diante. Isso é Pequena Miss Sunshine, o azarão do Oscar de 2006, já que era praticamente um filme independente e sem o grande luxo das produções Hollywoodianas. Talvez seja por isso que esse filme seja tão bom: por não ter grandes pretensões. Mesmo assim, saiu com premiações importantes, que foi a de Melhor Ator Coadjuvante para Alan Arkin, o avô de Olive e de Melhor Roteiro Original. Além das indicações que teve, indicaria também para Melhor Atriz (Toni Collette), Melhor Fotografia, e talvez na premiação de Melhor Ator, Greg Kinnear ficasse pelo menos entre os dez. Tá, talvez seja exagero, mas espero que isso dimensione o tamanho do meu apreço pelo longa.

O filme além de ser uma tragicomédia, é também um Road Movie, já que narra a estória de Olive que é chamada para participar do concurso de beleza Pequena Miss Sunshine, já que ficou em segundo lugar no anterior e a primeira colocada desistiu. O problema é que o concurso é, bem longe da casa de sua família, e é ai que todos os integrantes da família de unem nessa viagem. O melhor ponto do filme, na minha opinião, é dar a chance de todos os personagens se desenvolverem, tornando o coadjuvante quase inexistente. Todos são de alguma forma, importantes para o enredo. Outra coisa que agrada é a diversidade do núcleo, já que temos seis integrantes da família totalmente diferentes. Temos Olive (Abigail Breslin), a criança gordinha que tenta sua chance no concurso, e o filme já começa com uma cena muito, mas muito, muito boa mesmo com Olive olhando para a televisão e tentando imitar outras premiadas em concursos e nessa cena, fica claro a inocência da garota. Há também seu irmão Dwayne (Paul Dano) que sonha em entrar para a careira aeronáutica, mas diferente do que se pode imagina, ele é magro, desajeitado e segue seu ideal de não falar com ninguém, ideal esse que é quebrado em uma cena muito bonita, onde prevalece uma fotografia clara, muito bem feita com o céu bem azul, contrastando com a kombi amarela. Outro personagem importante é o pai que é um daqueles vendedores de produtos de auto-ajuda, mas ele não consegue desvencilhar a vida profissional da pessoal, por isso leva todo o discurso que usa em suas palestras para casa. A atuação é de Greg Kinnear é muito boa fazendo o telespectador sentir raiva ou compaixão pelo seu personagem em certos momentos. Há também o avô que é quem ajuda Olive, além de ser drogado e foi o vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, mostrado que sua atuação é extremamente eficiente. Por fim há o tio Frank (Steve Carell) recém-chegado na família vindo de uma clínica, pois tentou suicídio e também há o fator da sexualidade já que ele é gay e temos também a mãe que administra tudo isso interpretada pela Toni Collette que já mostrou sua cara antes em As Horas.

Pequena Miss Sunshine com toda certeza é recomendável e daria a dica para assisti-lo sozinho. Esse é um daqueles filmes que nos emocionam, que nos fazem rir ou sentir pena nas horas certas.

Renan

10 opiniões:

Rodrigo Mendes disse...

Eu me diverti com este filme humano.

A saga de uma familia despreparada e imprevisível!

Abs!

Cristiano Contreiras disse...

Um bom exemplo de se fazer cinema: simplicidade, criatividade, atuações verdadeiras.

Adoro este filme! Pra mim, Abigail que deveria ganhar o Oscar de coadjuvante, por este filme.

Leonardo Marques disse...

Quando eu decidi assistir Pequena Miss Sunshine eu não acreditava muito no potencial que poderia vêr. Mas ao longo do longa a história de Olive nos conquista de uma forma.
Talvez por causa da simplicidade do história e também dos bons atores, gostamos do filmes porque vemos como se pudesse se nós. Tipico filme do meu agrado.

Roberto Simões disse...

Ainda não vi.
Com a visualização de THE DARJEELING LIMITED pretendo iniciar uma viagem de descoberta pelas melhores comédias dos últimos anos.

Abraço!

Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema

Paulo Alt disse...

Poxa! Será que só eu que não vi ainda??? Foi muito bom vc ter postado sobre ele aqui. Vi um trecho quando passou pela tv e achei o personagem da Abigail encantador, fica claro mesmo a inocência da garota. Pena que não tenho como argumentar muito, mas adoro esses filmes que nos fazem rir e chorar nas horas menos esperadas.
Abraço!

Marcelo A. disse...

"Pequena Miss Sunshine" prova que bom cinema não é sinônimo de arrassa-quarteirão nem de superprodução... Bom cinema se faz, sobretudo, com uma boa história. É um dos meus Top 10, com certeza...

Abração!

Ricardo Martins disse...

Sempre quis ver esse filme! E o vi na Globo!

Achei muito legal! As atuações bem feitas! E Abigail Breslin a estrela do filme! A cena final é memorável!

Abraço

Mateus Souza disse...

Não me canso de assistir a esse filme. Os seus personagens, o elenco, a sua mensagem, os diálogos, todos são bem inspirados.

Um ótimo filme, enfim!

Abraço

Cinema para Desocupados

O Cara da Locadora disse...

Realmente são atuações estupendas. Concordo quando diz que é um filme recomendável de se ver sozinho ou com alguém de extrema confinaça pois aí você não precisa disfarçar todos os sentimentos que irá sentir no desenrolar da história...

Luís disse...

RODRIGO: Humano é um bom adjetivo para esse filme, e acho impossível nãi se divertir com ele.

CRISTIANO: Falou tudo. Também acho que Abigail merecia o Oscar.

LEONARDO: Acho que o sentimento de desagrado a primeira vista é compartilhado por todos, mas depois de um tempo, o filme cativa a todos, mostrando uma obra sensível e engraçada.

ROBERTO: Quando chegar em Pequena Miss Sunhine, tenho certeza que irá adora-lo.

PAULO: Alugue assim que possível, já que na TV, os filmes sofrem cortes imensos.

MARCELO: Concordo. Esse filme está no meu TOP 5

RICARDO: A dancinha no final é de extresmo bom gosto. Não tinha como acabar melhor.

MATEUS: Somos 2. Acho que poderia assistir esse filme mais umas 10 vezes. Tudo nele flui bem.

O CARA DA LOCADORA: Filmes como esse nos fazem rir e chorar, por isso acho que se deve assitir sozinho, ou como você disse, com alguém de confiança.

Renan