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Depois de um tempo sem notícias de Dan Brown, o célebre autor dos aclamados e criticados "O Código da Vinci" e "Anjos e Demônios" teve-se notícias que ele lançaria mais um livro: "O Símbolo Perdido". Na primeira oportunidade que tive fui e comprei para saber se ele continuava com o mesmo dom para prender os leitores. Nesse quesito, Dan Brown não mudou nada, mas sua capacidade para criar finais bons evaporou-se.
Assim como nos livros citados acima, esse tem como protagonista o professor-simbologista-chucknorris-imortal Robert Langdon. Não há como negar que o personagem é cativante. Cansado de Paris e do Vaticano, Dan Brown leva Robert para a terra do tio Sam, mais precisamente a capital, Washington já que "revelando segredos" da terra onde há maior número de leitores, o lucro será maior. Como disse acima, o escritor tem a capacidade de fazer o leitor ficar grudado nas páginas para ver as reviravoltas que ocorre na estória. Como nos outros livros, Robert tem uma ajudante para poder
Tudo ocorre bem durante boa parte do romance, a leitura é rápida e se trata de um tema que eu pelo menos tenho bastante curiosidade: os maçons. Sempre tive vontade de entrar em um templo maçon, saber o que eles fazem, se eles sacrificam animais, e a dúvida mais cruel de todas: porque eles são tão ricos ?. Pois é, fora os maçons, Dan Brown fala sobre a ciência Noética que me causou estranhamento e até agora (mesmo estando nas primeira folhas constando como 'fatos') não sei se acredito ainda, há também o CAMS que, pelo narrado, deve ser extremamente interessante e assim por diante. Os personage secundários também são cativantes embora nenhum seja denso a ponto de podermos fazer uma análise psicológica.
No primeiro parágrafo sa resenha, disse que o final não condiz com a qualidade do restante do livro, e é verdade. Acho que o final de "O Símbolo Perdido" está entre os mais brochantes do século. Não que eu ache que a "palavra perdida" não seja importante, mas depois de dizer que Jesus procriou, esperava algo bombástico que fizesse o leitor dizer: "O cara é foda!", mas isso não ocorre. Na verdade, voltei alguns parágrafos para ter certeza que não havia perdido nada, mas infelizmente não. Até agora não sei se "O Símbolo Perdido" é recomendável. Certamente não recomendaria para a compra, mas talvez na biblioteca, quando não tiver mais fila de espera nenhuma e ele esteja lá, é...quem sabe.
Renan
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Dan Brown já mostrou ser um escritor muito eficiente quanto o quesito abordado é o entretenimento do leitor e as mais profundas reflexões a respeito do que pode ou não ser verdadeiro. Os seus quatro livros anteriores já foram resenhados por nós e o seu novo traz como personagem principal Robert Langdon, aquele que liderou as duas maiores - porém não melhores, na minha opinião - aventuras escritas pelo autor.
Não me resta dúvidas de que Dan Brown faz uso de seu personagem para que não soe ainda mais repetitivo. O Código Da Vinci e Anjos e Demônios retratam dois eventos que não são comuns e, como se não bastasse, aconteceu com a mesma pessoa - Robert Langdon. Caso Dan Brown usasse um outro personagem, ficaria muito óbvio que ele não consegue criar situações novas, então, nada melhor do que fazer com o que improvável acontecesse tudo com a mesma pessoa: encontrar o Santo Graal, salvar o Vaticano e ainda conhecer sergedos que apenas os maçons do grau mais alto conhecem. Improvável talvez não seja a palavra certa. Impossível soaria melhor.
Tudo bem, Dan Brown pode não ser a melhor referência como autor criativo. Mas é inegável que suas histórias mantêm o leitor entretido do princípio ao fim, afinal ele consegue criar conectivos interessantíssimos entre um capítulo e outro. Se a sua estrutura narrativa segue sempre o mesmo caminho, chegando ao triste ponto de ser previsível para a maioria dos leitores - ou pelo menos aqueles que atentaram para a formação das obras anteriores do autor -, o contraponto vem na forma da polêmica: o debate proposto por Brown é sempre muito polêmico, fazendo com o que o leitor fique intrigado em relação ao nível de veracidade presente na obra. Eu mesmo estou curiosíssimo para saber se há mesmo tudo aquilo sob o Capitólio. Aliás, o cenário escolhido pelo autor não poderia ser mais propício: como o Renan disse, ao escrever sobre mistérios dentro dos EUA, o autor consegue criar uma aproximação bem maior entre os leitores dos Estados Unidos e o seu livro - isso inquestionavelmente deve ter feito o lucro aumentar bastante.
Falando em aumentar... decerto o autor deve ser bastante querido, uma vez que a curiosidade faz com que as pessoas queiram conhecer um pouco daquilo que elas desconheciam até o lançamento dos livros. Assim, os governos europeu e americano devem ter agradecido muito a Dan Brown, que estimula a visitação de pontos turísticos, que serão analisados sob outra perspectiva dessa vez. Voltando a falar sobre o livro e a sua estrutura pobre. Por que será que Langdon sempre consegue uma companhia feminina interessante e superinteligente, sempre disposta a se arriscar o tanto quanto for preciso a fim de ajudá-lo? Por que será que ele consegue passar por missões dificílimas e sobre-humanas sem sofrer quaisquer traumas? Por que será que, com exceção dos personagens que são claramente mocinhos ou vilões, os personagens coadjuvantes inicialmente parecem ser o oposto daquilo que realmente são? Por que será que os direitos para a adaptação desse livro já foram vendidos enquanto os direitos de Fortaleza Digital e Ponto de Impacto, que são bem mais legais, não despertam o interesse dos estúdios cinematográficos?
Dan Brown é o tipo de autor que sabe como trazer o assunto certo com a densidade correta, mas que não sabe como explorá-lo dentro de sua própria narrativa. O suspense fica a cargo do que vamos descobrir adiante; nada tem a ver com as descrições e opções do autor quanto à inovação, de modo que O Símbolo Perdido se torne igual a O Código Da Vinci e a Anjos e Demônios, que recentemente foi adaptado para o cinema. O grande problema de O Símbolo Perdido se encontra na conclusão, já que o objeto revelado no final não traz qualquer surpresa ou emoção, pois, de tão comum, não conseque deixar os leitores afoitos por causa do que acabaram de ler. Infelizmente, é o tipo de obra que perde a força por causa de pouca cena, tal como um filme que se desvaloriza por causa de uma única cena. É difícil mesmo recomendá-lo, porque você sabe que o leitor acabará frustrado no final, uma vez que a dita Palavra Perdida não é nada absurdamente inacessível. Assim, eu digo que se você curte Dan Brown, leia. Se você não curte, abstenha-se de lê-lo - não vai se frustrar, pelo menos.
Luís
4 opiniões:
Nossa, hoje mesmo estava pensando em comprar este livro. Gosto das histórias, mas ele sempre usa a mesma forma... Só muda os personagens (Tirando Robert é claro...rs) Mas não posso negar que os livros prendem a atenção mesmo. De todos, meu preferido é Fortaleza Digital e até hoje não consegui terminar Ponto de Impacto.
Abraço
Excelente resenha, rapazes.
O problema de ela ser tão boa, é que agora fiquei com vontade de ler o dito livro - o que, antes, não estava acontecendo - mesmo acreditando que também ficarei frustrada no final!
Vai entender a curiosidade humana...
Mas tentando responder à algumas de suas questões, Luis, talvez Dan tenha um certo fetiche [ou acredite que os leitores tenham] por mulheres geniais, solícitas e, é claro, gostosas. Robert não sofre qualquer trauma porque, usando as palavras de Renan, ele é o professor-simbologista-chucknorris-imortal, ou seja, o cara [ainda que só pra Dan]. E os direitos desse filme já foram vendidos para a indústria cinematográfica, talvez, quem sabe, porque um tal de Tom Hanks seja o ator que dá vida a Langdom.. rs
Comprei este livro no dia de estreia em Portugal!
Já o comecei a ler e, embora o ache inferior a Código DaVinci, oferece um bom trama/thriller sempre com uma boa história a acompanhar.
O senão deste livro é que o escritor, Dan Brown, escreveu-o já com a ideia de ser adaptado para o Cinema o que, por vezes, notamos com facilidade e transcende partes com subjectividade e não com a minuciosidade que tinham os anteriores...
Abraço
http://nekascw.blogspot.com/
"esperava algo bombástico que fizesse o leitor dizer: "O cara é foda!", mas isso não ocorre. Na verdade, voltei alguns parágrafos para ter certeza que não havia perdido nada, mas infelizmente não. "
Querido Renan
Voce nao achar que o bombastico fugiria da probabilidade de relidade de toda fundamentalização religiosa, social e moral do livro?
Não discordo de voce, quando diz que volta as paginas... quase o fiz. Mas antes de faze-lo ele diz - A VERDADE ESTA TÃO PERTO PROXIMA E POR MUITAS VEZES A NOSSA FRENTE E NAO CONSEGUIMOS ENXERGAR.
acho que era isso... rs Não precisava reler só aceitar.
Enfim gostei do seu post.
- O livro realmente foi pra mim, facinante
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