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Nicholas Garrigan é um jovem recém-formado em medicina. Procurando diversão, ele decide ir para Uganda, onde também pode ajudar com suas habilidades médicas. Ao chegar lá, descobre que o país está passando por um golpe político e que Idi Amin acabou de tomar o poder através de um golpe militar. Ao ajudá-lo após um acidente, Nicholas acaba conquistando a simpatia do presidente, que, aos poucos, torna-se um dos mais severos ditadores da África.
Primeiro, devo dar o devido crédito à pessoa que me incentivou a assistir a esse filme. Pois bem, digo que, com seus comentários extremamente positivos acerca do filme, a Jéssica me fez ter interesse. A primeira coisa que constatei a respeito de O Último Rei da Escócia é que o seu ritmo é bem lento, o que seria um excelente motivo para nos colocar bem próximos dos eventos narrados, nos permitindo acompanhar, juntamente com o personagem de James McAvoy, a transformação ocorrida em Amin. O ritmo lento ainda influenciaria na percepção do espectador, que compreenderia facilmente o processo gradual que fez com que Amin se tornasse tão cruel, conforme vemos no final do filme. O meu principal argumento aqui é pensar que esse seja o tipo de filme que precisa de uma narrativa mais detalhada, com mais nuances, mostrando vários ângulos e perspectivas, nos exibindo várias vertentes da verdade, tornando-a, embora possivelmente real, bastante abaladora.
A lentidão, no entanto, em vez de enfatizar as circunstâncias importantes e criar o efeito desejado de continuidade prolongada, provoca profundo cansaço no espectador. O filme tem duas horas, mas eu me senti com se estivesse há quatros horas e meia em frente à TV. A lentidão virou lerdeza e isso me causou tédio. Não posso criticar o roteiro pela história que ele conta, uma vez que, sendo embasado em fatos reais, não podia acrescentar situações inexistentes à história do ditador e de Uganda. Penso que um dos problemas foi a direção, que não conseguiu tornar o filme dinâmico a ponto de entreter. Apenas cheguei ao fim dele porque achei que seria desrespeitoso maltratar as atuações de Whitaker e McAvoy desligando a TV. Kevin MacDonald usou a mostrar as várias facetas de Amin, exibindo inclusive duas cenas de extremo impacto: uma mulher com os membros costurados de maneira investira - os braços nos lugar das pernas e as pernas no lugar dos braços - e a sua demonstração do que acontece ao homens de sua vila quando ele saem com mulher dos outros. Percebi que a direção é firme, principalmente porque extrai o melhor dos atores; peca, no entanto, ao deixar que seu filme, que potencialmente resultaria numa excelente obra, se transformar numa lenga-lenga infindável e, consequentemente, cansativa.
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4 opiniões:
Apesar de ser um filme lento, eu gostei muito da história. O roteiro mostra como algumas pessoas acabam se envolvendo em situações perigosas e até desonestas por ingenuidade ou por sentir o gosto do poder e das facilidades. É nesta armadilha que o personagem de McAvoy cai e demora para perceber a real situação.
Considero ótima a interpretação de Whitaker, que cria um sujeito desequilibrado, onde as pessoas ao seu lado nunca sabem qual será sua reação.
Abraço
Um amigo meu falou que o filme era ótimo. Não dei tanta bola pra ele, mas mesmo sendo um filme "parcialmente bom: tem qualidade técnica, porém pouco entretém" como tu disses no texto, fiquei com vontade de vê-lo.
Olá, ando sumido da net, por falta de tempo pra lazer, muito trabalho!
Esse filme é ótimo, grande trabalho do Forest Whitaker!
Sempre q possível estamos aí!
Abs! Diego!
Esse é, realmente, um filme lento e isso traz um ponto negativo a um filme que considero "bom".
A atuação de James McAvoy é muito boa, mas também tenho a mesma opinião quanto ao seu colega de cena, gnhador do Oscar.
Outro ponto que aco positivo é a fotografia forte mostrando bem a visão que temos da África. Essa visão é bem contraposta com os minutos iniciais do longa que mostram McAvoy em seu país natal.
No final, concordo com a sua avaliação: bom, porém entretém pouco.
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