5 de mai. de 2010

Brüno

Brüno. EUA, 2009, 80 minutos. Comédia.
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Provavelmente vocês não sabem que eu desaprovo totalmente o tipo de comédia feito por esse ator (??). Sacha Baron Cohen é, na minha opinião, o tipo de artista dispensável, já que suas criações são frutos de repetições e de cópias que ele faz de si mesmo. Como se não bastasse, tudo o que cria provém de um humor totalmente sem graça e às vezes ofensivo - tanto por causa do que diz em suas piadas como pelo fato de tratar o espectador com ignorante, crendo que o está entretendo com as bobagens que faz.

Aí você me pergunta: por que diabos você foi ver esse filme se você detesta o sujeito? E eu digo: exatamente por isso. Não resisti à curiosidade de ver esse filme, principalmente depois que um professor - que eu considero bastante culto - disse que foi ao cinema conferi-lo. Diante disso, não pude parar de pensar o que o levou a ir ver um filme que só pode ser uma bomba. Assim, resvoli gastar dolorosamente dois reais e ver essa pequena bostinha. Honestamente, não achei tão ruim quanto imaginei que seria, mas ainda assim o filme é bem ridículo, quase sem humor, extremamente pedante. Compreendi perfeitamente a intenção do ator ao criar o personagem Brüno: reunir todos os tipos de características numa figura que não é hipócrita, falsa, etc. Brüno quer ser famoso de qualquer jeito e usa de todos os meios para conseguir isso, sem nem ao menos esconder as maneiras absurdas utilizadas para conquistar algo.

Não nego que há coisas engraçadas no filme. Quando Brüno diz, por exemplo, que "fez uma escala num país chamado África e que trocou um iPod por um bebê negro", fica clara a crítica às pessoas que sobrevalorizam o dinheiro e a tecnologia em função do seus próprios benefícios, que às vezes se sobrepõem à própria inteligência. Mas sacadas inteligentes assim acontecem pouco ao longo do filme, já que o que tem de engraçado no resto dele são algumas situações estranhas - como quando ele coloca o bebê na moto e sai dirigindo. Há também o tom muito cômico das legendas, que traduzem parcialmente o que o personagem está falando, usando as palavras "originais" para descrever alguns palavrões, como "cu" e "caralho".

Como eu disse, eu esperava bem menos. Mas mesmo que tenha sido melhor do que eu imaginava, a obra não é nada necessária e até envergonha boas comédias se é que elas existem. Brüno é um filme dispensável e tosco, que faz com que você ria umas duas vezes, esboce um ou outro sorriso e mais nada. Você não morrerá de tédio vendo o filme; não se entreterá totalmente, porém. Fico imaginando qual o próximo personagem que o escroto Sacha Baron Cohen inventará depois de Borat e Brüno.

Luís
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1 opiniões:

Matheus Pannebecker disse...

"Brüno" é um filme muito grosseiro! Eu já não era muito fã de "Borat", mas ao menos valia pelo ótimo desempenho do Cohen. No entanto, esse "Brüno" nem por isso vale. É péssimo!