Tunnels, 2009, 478 páginas (Editora Rocco). Aventura.
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Comecei a ler Túneis porque não tinha nenhum livro que desejava conferir; então, optei por lê-lo e agradeço ao Rene, que me emprestou o livro, que narra a história de Will Burrows, um garoto de 12 anos que se envolve em inúmeras aventuras subterrâneas a fim de encontrar artefatos interessantes. Tendo adquirido o gosto por escavações do pai, o dr. Burrows, Will, junto com seu amigo Chester, encontram um túnel no porão de sua casa, por onde ele acredita que o pai desapareceu. Decidido a encontrá-lo, os dois garotos acabam por encontrar uma sociedade que vive bem abaixo, dentro da Terra.
É mais ou menos esse o enredo do livro, que conta com bons momentos, mas que também tem momentos extremamente cansativos e longos. Até a primeira metade do livro, tive a impressão de tratar-se uma versão um pouco mais adulta da série Vaga-lume; conforme continuei lendo, concluí que a narrativa fica mais bem escrita, sendo direcionada para um final bastante descritivo e interessante. O problema é que, nos momentos iniciais, a obra parecia tão infanto-juvenil, com pretensões de ser mais do que parecia ser, que acabei dispersando muito, demorando absurdos para ler algo que eu normalmente leria em uma semana; acabei demorando um mês! O assunto abordado no livro pode ser tema de grandes teorias da conspiração, tal qual eventos nunca ocorridos, etc. Eu, particularmente, acredito haver cidades que foram construídas sob os nossos pé e que, talvez, possam ainda ser habitadas secretamente. E isso é mostrado bastante em Túneis, já que boa parte da ação acontece na Colônia, uma sociedade imensa sob a Crosta.
A descrição do lugar é certamente convincente, conseguimos imaginar com eficiência as ruas, prédios, o cenário, de uma maneira geral. O que eu acho que não é muito realista - não querendo afirmar que a obra tenha conteúdo real - é a forma como são descritos os Styx, agentes máximos da segurança da Colônia, que são sempre temidos e usam de métodos cruéis a fim de obter respostas às suas perguntas. Considerando que os Styx tem a mesma metodologia da Crosta, por que descrevê-los de maneira tão estranha, como se seus olhos fossem bolas de gude e a estrutura corporal fosse desengonçada? Mas, de qualquer maneira, isso não interfere tanto no livro. O que parece um pouco exagerado aqui é a descrição das aventuras dos protagonistas. Talvez, se eles fossem mais velhos um pouco, tudo seria mais verossímil e seria mais fácil acreditar que Will realmente passou por tudo aquilo.
O livro tem altos e baixos; o começo, na minha opinião, é quase todo cheio de bobagens, que nada acrescetam à estória. A partir do meio, no entanto, a narrativa fica bastante ágil, dando novo fôlego e captando novamente a atenção do leitor. Eu recomendo que o leiam sem expectativas e apenas se não tiver outro livro na lista de leitura. Como muitos dos livros lançados ultimamente, este faz parte de uma série e, ainda que a estória seja suficientemente finalizada ao final desse, a próxima aventura dará continuidade, narrando o passo seguinte dos aventureiros. Talvez eu leia…
Luís
Crítica | Robô Selvagem (2024)
Há 2 horas
1 opiniões:
Depois dessa, não tive a menor vontade de ler o livro. Particularmente, gosto de livros fictícios, mas a semelhança com a série Vagalume me fez perder totalmente o interesse.
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